Cruzara o portão do cemitério como fazia toda manhã, os portões eram abertos sempre 5 minutos antes dele chegar.
Seu cabelo, o que resta dele, grisalho e sua bengala sempre a mão direita já fazia parte da decoração do ambiente, as pessoas que tinham a obrigação de passar por ali todas as manhãs achavam isso, ao menos.
Mancando, vagarosamente chegou a um banquinho e sentou em frente a um túmulo, este guardava segredos, o mais bonito e conservado monumento erguido ali, com toda a certeza. Já o banquinho estava velho, porém limpo, afinal este velhinho havia sentado ali durante muitos anos.
Permaneceu como sempre fizera, imóvel, com os olhos fixos na escritura que havia a sua frente marcada no túmulo, fazia gestos faciais de profunda tentativa de compreensão à palavras que nunca entendera, em anos de perseguição: "A vida é o que cada túmulo reservou para si". Mas hoje o velho resolveu escrever algo em um papel que levava no bolso, com a caneta que também retirou de lá. Escreveu rapidamente duas palavras.
Cansado de tudo isso, o velho jogou o papel próximo do túmulo e dormiu ali, com um pequeno sorriso no rosto, dormiu para nunca mais acordar. No papel estavam suas últimas palavras "Ou não".
Seu cabelo, o que resta dele, grisalho e sua bengala sempre a mão direita já fazia parte da decoração do ambiente, as pessoas que tinham a obrigação de passar por ali todas as manhãs achavam isso, ao menos.
Mancando, vagarosamente chegou a um banquinho e sentou em frente a um túmulo, este guardava segredos, o mais bonito e conservado monumento erguido ali, com toda a certeza. Já o banquinho estava velho, porém limpo, afinal este velhinho havia sentado ali durante muitos anos.
Permaneceu como sempre fizera, imóvel, com os olhos fixos na escritura que havia a sua frente marcada no túmulo, fazia gestos faciais de profunda tentativa de compreensão à palavras que nunca entendera, em anos de perseguição: "A vida é o que cada túmulo reservou para si". Mas hoje o velho resolveu escrever algo em um papel que levava no bolso, com a caneta que também retirou de lá. Escreveu rapidamente duas palavras.
Cansado de tudo isso, o velho jogou o papel próximo do túmulo e dormiu ali, com um pequeno sorriso no rosto, dormiu para nunca mais acordar. No papel estavam suas últimas palavras "Ou não".
Narrativa ótima, fim frustrante.
ResponderExcluirMuito legal. Seu texto mais divertido até agora, na minha opinião.
ResponderExcluirAs tags deram uma broxada, não sei porque... mas dane-se.
Congrats.