Entre sem bater. 

domingo, 29 de janeiro de 2012

SP

   Dos arranha-céus, das multidões, do barulho, trânsito. Minha Chicago, como eu, paulistano, posso gostar de você? Cidade dos problemas, da garoa insuportável, das chuvas e alagamentos. Só sei que gosto, apaixono-me pelo seu cinza e suas cores, quando lembra, ou quando esquece, do seu verde, azul e amarelo.
   Cidade do preconceito de areia, quer ser concreto, mas quem te fez veste qualquer cor, produz e reproduz qualquer sotaque. São Paulo que ainda não aprendeu a ser e a gostar de São João, de Francisco, até mesmo de São Sebastião, mas certamente já aprendeu a ser mutante, ainda que goste das pessoas na sala de jantar.
   Grande, arrogante. Menos vital que os seus pensam que ela é. Mais importante do que deveria ser. De qualquer forma, cabe no meu coração, não sei porquê, se é como doença, paixão, se é inevitável, mas lá está, nunca adormecida.

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