Entre sem bater. 

domingo, 29 de novembro de 2009

Uma flauta.

A imensidão da dor trás consigo a luz por onde se foge da mesma, como uma caixa de Pandora, porém com dois presentes restantes. Além da luz, a criatividade, que tem sua entrada burocrática nos corações floridos, mas nos corações doloridos consegue flutuar levemente, consegue fazer dor virar alegria nos olhos de quem a vê. Porém é esta mesma inspiração que depois do efeito da luz, faz homem amar eternamente, livremente. Leva consigo a Paz e com sorte a querida criatividade, que um dia ajudou no choro, agora só demonstra o maior dos sorrisos.

domingo, 8 de novembro de 2009

Hello, my dear

Subiam aquele morro, alto porém suficiente para ver o topo redondo que formava uma parábola, seu formato. Lá em cima, um vasto campo de flores, nessa época do ano cintilavam sua cor como se fosse a única existente, e todas as pequenas faziam isso, de todas as cores. Uma linda e enorme árvore, e era uma como nunca vista antes, especial. Os dois, que subiam, formavam um casal, na puberdade ainda, porém com a beleza de casais felizes após dezenas de anos casados, sem ironia, já que de cada mil, um casal apenas sabe o que é isso...

De cada cem mil eu diria. Ele mais alto que ela, aparentava mais idade, ainda que pouca também. Ela, linda, com rosto angelical, os dois possuíam olhares vibrantes, e neste momento olhares paralisados para aquilo, que era uma árvore. Com morangos. Eles que adoravam correr por aqueles montes, sabiam que morangos eram em flores e ficavam lindos, mas ficava ainda melhor em uma árvore cheia e pomposa. Lembranças de pinheiros de Natal com bolas vermelhas, ao mesmo tempo para aqueles dois, morangos lembravam o infinito.

Então sentaram ali, pegaram uns morangos, deram-se as mãos, e ficaram. Até aqueles morangos morrerem, foi o combinado, já que quando olharam para aquelas frutas sabiam que elas viverão para sempre. Então permaneceram ali.