Entre sem bater. 

domingo, 6 de março de 2011

Vandebilt

  Eu estava ansioso, a escuridão que armei era o necessário. Não havia seguranças no parque, sempre foi um lugar seguro, minha vontade me tomava. Fiz tudo conforme planejado. Apenas um segurança por turno aos domingos, sem nenhum durante trinta minutos após às oito.
  Aqueles sorrisos ensurdecedores não brilhavam mais quando tudo escureceu, um pouco mais de dez pessoas, experimentavam um pouco da angústia. Medo ilhado. A noite nublada junto com as minhas árvores propiciavam o ambiente que eu precisava, tudo conforme o planejado. Não esperei pelo dia certo por sete meses à toa. Peguei a faca.
  Só ouvia minha respiração, ia pelo meio das árvores, o primeiro seria uma primeira. Felicidade assustadora, não queria que aquilo existisse mais. Agarrei silenciosamente, enchi de ódio a faca no meio de suas costas. Só ouvia minha respiração e meu coração, o dela nunca ouvi, agora eu não teria mais esperanças. Volto para o lugar marcado. Para a primeira vez, uma parece o suficiente, já havia tudo ido embora, é bom não gastar todas as almas de uma vez. Acendo as luzes. Primeiro ouço os gritos, como um zumbido, prefiro ouvir a minha tranquilidade. Mamunia.

Posted via email from André's Posterous

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