Entre sem bater. 

segunda-feira, 7 de março de 2011

Camisa.

  Só é possível ver o contorno da montanha, já que o sol atrás faz um contraste amarelado, terrível e magnífico para os olhos, assim como as mulheres. É um campo, um campo com a montanha ao fundo, não há mar, floresta, animais, apenas algumas árvores. A noite se vê vaga-lumes pelo campo, a visão é um pouco do alto. Como se o campo fosse um vale. A visão em uma montanha, a montanha na outra montanha. O contorno da montanha. Depois de algumas horas, quando se vê perfeitamente, aparece o branco, enche de comida e remédio. Quando o céu começa a chorar e brilhar, aparece outro branco, mais comida, mais remédio. O fio que envolta os pulsos costuma doer mais com o tempo úmido. A tábua nas nadegas incomoda mais ao sol sem sombra. Faz três dias que pousou um passarinho, arrancou um pedaço da orelha direita e se foi. Sangrara por alguns momentos, de sem sombra até sombra média.

  Queria que aquele sol não tornasse a subir a montanha, que a lua parasse e mandasse parar. O passarinho, é, o passarinho poderia arrancar os nós. São mais de quinhentos sóis. Louco, já não sabe mais se é terceira ou se sou primeira.

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